Literatura em Libras

de Rachel Sutton-Spence

Parte 1 - Alguns elementos fundamentais de literatura em libras


4 Como criamos o “visual” nas línguas de sinais

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4.1. Objetivo

Neste capítulo pensamos sobre como o artista surdo pode usar todos os recursos estéticos da língua para apresentar imagens visuais e para gerar emoções por meio da visão. Um dos principais objetivos da literatura em Libras é criar imagens fortemente visuais. Muitos sinais da língua são icônicos, indicando que há uma relação visual entre a forma do sinal e o objeto ao qual se refere. Mas o objetivo desses sinais é simplesmente comunicar ou dizer alguma coisa e não há uma intenção ilustrativa quando são utilizados (CUXAC; SALLANDRE, 2008). Por outro lado, existem sinais que são diretamente icônicos e as pessoas os criam especialmente com essa intenção ilustrativa (veja também CAMPELLO, 2007). É como o artista atinge a intenção ilustrativa que é o foco deste capítulo.

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Antes de ler mais sobre o assunto, vamos assistir a alguns exemplos de literatura em Libras. Como sempre, vale a pena assistir a cada vídeo pelo menos duas vezes. Os poemas geram efeitos visuais agradáveis por meio das imagens visuais criadas na apresentação dos sinais, mas usam diferentes recursos para isso.

4.2. Intenção ilustrativa: Contar, mostrar ou se tornar?

Há três principais opções, no que se refere à intenção, ao se comunicar em Libras:

Contar – falar sobre as coisas por meio de vocabulário (como vimos no poema Lei de Libras).

Mostrar – mostrar a forma e o movimento das coisas com classificadores (por exemplo, no poema Saci).

Se tornar – mostrar a forma e o comportamento das coisas através da incorporação (como vimos em O Modelo do Professor Surdo).

Diante disso, ao estudar a estética da linguagem literária em Libras, precisamos pensar sobre o uso dessas três ações.

Todas as línguas têm elementos icônicos, mesmo as línguas faladas, na modalidade oral e na sua escrita. Gestos, frequentemente, acompanham a fala, mas as pessoas geralmente acham que os gestos são uma maneira inferior de comunicar e que eles apenas dão suporte à mensagem falada. As pessoas que acreditam que as línguas de sinais são “apenas gestos” interpretam erroneamente tanto a natureza das línguas de sinais quanto a natureza dos gestos. Precisamos enfatizar que, apesar de a Libras ser uma língua de base visual, ela é uma língua “real”.

Todas as línguas têm maneiras de identificar referentes. O referente é a coisa da qual se fala. Um objeto (por exemplo, a lua), uma ação (por exemplo, sentar-se), uma qualidade (por exemplo, vermelho, redondo ou novo) ou uma relação (por exemplo, no espaço, como em cima ou atrás ou, ainda, no tempo como antes ou depois), todos são referentes. Outros são emoções (como orgulho, alegria ou raiva) ou ideias abstratas (como importância, economia ou herança). Cada língua tem seu próprio jeito de categorizar e expressar esses referentes.

A comunicação baseada na visão usa a experiência visual e as características visuais dos referentes sempre que possível, enquanto a comunicação baseada no som usa qualquer som relacionado aos referentes. A maioria das pessoas, surdas ou ouvintes, pode ver as coisas no mundo. Os referentes têm forma, tamanho e outras qualidades, bem como uma localização no espaço em que podem se movimentar. Os referentes são todos visíveis, mas poucos deles produzem som. As línguas de sinais são baseadas no raciocínio visual em todos os níveis porque são produzidas por um meio visual. Seria estranho (e não faria sentido) se os sinais visuais não apresentassem as relações visuais entre o sinal e o referente. A ideia de que deve haver uma relação arbitrária entre palavras e seus referentes vem das línguas orais, que são baseadas no som. Isso não ocorre nas línguas de sinais porque existe algum problema com elas, mas sim porque as línguas orais têm menos opções para usar os sons de seus referentes do que as línguas de sinais têm para usar a visão.

Sarah Taub (2012, p. 400) observou que a “[i]conicidade motiva, mas não determina a forma dos sinais icônicos”. Podemos ver isso nas variações regionais de sinais para os mesmos referentes em Libras. Os diferentes sinais para referir à cor branca são todos icônicos, de alguma forma, mas têm formas diferentes dependendo da imagem que é escolhida para representar o sinal.

Para a literatura em Libras isso é importante, pois é a característica essencial básica da sinalização estética. Isso dá aos sinalizantes criativos a oportunidade de escolher qual a representação icônica a ser usada para determinado referente. Se houvesse apenas um jeito de produzir um sinal visual para cada referente, a literatura de língua de sinais criativa não existiria assim como a conhecemos.

4.3. Sem intenção de ilustrar: sinais do vocabulário lexical e convencional

Alguns sinais são criados, principalmente, para contar ou nomear o referente, ao invés de mostrar, e os sinalizantes talvez nem percebam a sua forma visual. Apesar de a maioria dos sinais em Libras serem até certo ponto icônicos11, os sinalizantes não usam cada sinal com a intenção de produzir uma imagem visual. Muitos sinais que fazem parte do vocabulário da Libras são, de certa forma, icônicos, mas a motivação visual por trás dos sinais tem diminuído ao longo do tempo. Hoje, os sinalizantes não têm necessariamente a intenção específica de ilustrar quando usam esses sinais, mas apenas de identificar sobre o que estão falando. O pesquisador francês Christian Cuxac (2000) chama isso de “iconicidade degenerada”.

A forma desses sinais escolhe uma característica visual única do referente para tornar o sinal útil para aludir a referentes genéricos usando a linguagem visual, mas nem o sinalizante nem a pessoa com quem ele fala estão particularmente cientes das imagens visuais fortes. Por exemplo, o sinal em Libras CACHORRO é baseado no focinho arredondado de um cachorro estereotipado e genérico, mesmo que exista muito mais num cachorro do que o seu focinho e que este possa ter formas diferentes. É por isso que os linguistas entendem que os sinais, no vocabulário da língua de sinais, têm um significado geral e são usados para identificar referentes. Mas esses sinais não mostram coisas especificamente visuais, sendo assim, podemos dizer que eles, os sinais de vocabulário estabelecidos, não têm intenção ilustrativa deliberada (TAUB, 2001).

Se observarmos os sinais usados em Lei de Libras, veremos que a maioria deles é de sinais de vocabulário, como é o caso de LIBRAS, LEI, ADQUIRIR, PRODUÇÃO, SINALIZAR, COMUNICAR, EXPRESSÃO-FACIAL, VALORIZAR, POESIA, HUMOR, TEATRO, VERNÁCULO-VISUAL, É, SEMPRE, NÓS Um estrangeiro que não conheça a Libras não será capaz de adivinhar a maioria desses sinais, mesmo que os usuários de Libras sintam que são icônicos. Isso ocorre porque a iconicidade é reduzida e não há intenção de ilustrar. O prazer estético que sentimos ao ver esses sinais no poema não se deve aos sinais em si, mas em como eles são apresentados em um dueto, com os dois sinalizantes ajustando o tempo de seus sinais, fazendo-os simultaneamente e juntos construindo as imagens visuais com seus sinais.

No entanto, alguns sinais em Lei de Libras são de tipos diferentes e eles são criados para o contexto do poema para serem deliberadamente visuais. Agora vamos falar sobre esses outros tipos de sinais que são usados com intenção deliberadamente ilustrativa.

4.4. Intenção de ilustrar

Os sinalizantes usam certos sinais para mostrar algo visualmente e assim eles “dizem ao mostrar” ou “mostram enquanto contam”. Isso é importante para nossa discussão sobre a literatura em Libras e a estética da sinalização. Os sinais que têm a intenção de ilustrar têm sido chamados por Cuxac de estruturas altamente icônicas. As estruturas altamente icônicas ocorrem em muitos tipos de discursos e são especialmente importantes para a literatura porque o foco da sinalização estética geralmente é criar imagens visuais.

Às vezes, os artistas de Libras partem de um sinal de vocabulário com iconicidade degenerada ou reduzida para torná-lo novamente icônico e possivelmente fazer com que ele fique tão visual quanto era originalmente. Dessa forma, os artistas alertam as pessoas sobre o imaginário que está por trás do sinal (CUXAC; SALLANDRE, 2008; CAMPELLO, 2007).

Podemos dizer que as estruturas altamente icônicas são criadas quando os sinalizantes transferem imagens da sua experiência visual do mundo real diretamente para a língua de sinais. Estas são chamadas transferências de pessoa (no Brasil geralmente chamadas de “incorporação”), transferências de forma e transferências de tamanho (no Brasil, geralmente chamadas de “classificadores”). A Libras criativa usa esses tipos de transferência.

4.5. Transferência de Pessoa - Incorporação

Na transferência de pessoa, o referente foi transferido para o sinalizante de forma que o público entende que o sinalizante é a pessoa, o personagem ou o referente. As mãos do sinalizante são entendidas como as mãos do referente, os olhos do sinalizante significam os olhos do referente e assim por diante. Se as mãos atuam como se estivessem manipulando um objeto como, por exemplo, carregando e depois abaixando uma maleta, pode-se entender que o personagem que atua como o referente é quem está manipulando a maleta. Isso vale também para elementos não manuais. Então, se o sinalizante olha para cima, entendemos que o personagem está olhando para cima. Quando os sinalizantes criam esse tipo de imagem visual, elas são apresentadas especialmente no plano vertical, como em uma tela de cinema, e o sinalizante está em seu centro.

Quando vemos o poema O Modelo do Professor Surdo, de Wilson Santos Silva, observamos que o efeito visual se dá através do uso de incorporação, ou transferência de pessoa. A mão fechada de Wilson representa a mão fechada de um professor segurando a sua maleta, mas ele não sinaliza PROFESSOR nem MALETA.

Sabemos que se trata de um professor apenas por causa do título e porque o nosso conhecimento de mundo nos diz que é um professor movendo algo naquela direção e que, provavelmente, está segurando uma maleta. A mão aberta do sinalizante faz um movimento carinhoso que interpretamos, a partir de nosso conhecimento sobre a cultura brasileira, como sendo a mão de um professor acariciando a cabeça dos seus alunos12, ainda que ele não sinalize ALUNOS. Seu rosto mostra uma expressão de preocupação quando seus olhos miram os alunos, mas ele não sinaliza PREOCUPADO Seu corpo e sua cabeça se movem de forma que parecem pertencer a alguém mais baixo do que o professor e a expressão facial é a de falta de entendimento, quando as mãos se movem aleatoriamente para que o público entenda que o poeta muda de papel nesse momento e se torna o estudante que não sabe a língua de sinais. O poeta não nos revela isso usando o vocabulário de sinais, mas ele mostra isso. Quando o professor se lembra da sua própria infância e do seu deleite com a compreensão da Libras, ele não usa sinais como, LEMBRAR, EU, APRENDER, ENTENDER mas se mostra lembrando e depois mostra uma versão mais jovem de si mesmo enquanto essas coisas acontecem. Ao longo do poema, o poeta nunca identifica nada, apenas mostra, através de ações de outros. De certa forma, o sinalizante se torna um ator representando as partes de outros personagens, embora ele siga ainda as regras gramaticais e espaciais da Libras.

4.5.1. Transferências de forma

Sinais que mostram transferências de forma geralmente são descritos na pesquisa linguística como aqueles que utilizam classificadores de entidades. Descrevem o referente através de diferentes configurações de mãos que refletem a sua forma ou o seu tamanho geral, como por exemplo, ao se mostrarem planas, longas e finas, redondas, sólidas ou tendo pernas e outras partes que se projetam a partir de um ponto central. Cada língua de sinais tem seu próprio conjunto de configurações de mãos convencionais, embora todos sejam visualmente motivados. Por exemplo, a configuração de mão classificadora para uma bicicleta em movimento em Libras usa a configuração de mão “X” (dedo indicador curvado). Já em ASL, usa-se a configuração de mão de polegar “3” (como no sinal CAVALO em Libras, por exemplo) e em BSL se usa a configuração de mão plana “B”.

Estas configurações de mãos convencionais são posicionadas e se movem no espaço de sinalização de modo que refletem o espaço e o movimento do mundo real para mostrar onde está o referente e como ele se move. Por exemplo, se a bicicleta se move da esquerda para a direita no mundo real (ou, ao menos, no mundo real da história), o sinalizante move o classificador de entidades que representa a bicicleta da esquerda para a direita.

Quando os sinalizantes criam esse tipo de imagem visual, eles a apresentam num espaço em três dimensões, em frente ao corpo; e o sinalizante está situado atrás da imagem (ao invés de em seu centro, como ocorre na incorporação). O público pode sentir que a imagem está situada no plano horizontal, ao invés do vertical, como se fosse um palco plano no qual os personagens se movem e atuam (ao invés de uma tela de cinema vertical, como na incorporação). Ao invés de atuarem como atores, os sinalizantes são narradores contando e mostrando ao público onde estão as coisas, como ou onde elas se moveram. Eles também podem se juntar ao público para assistir à ação se desenrolar no palco que criaram.

Vimos, anteriormente, que em transferências de pessoa, ou seja, na incorporação, os articuladores do sinalizante são entendidos como articuladores do referente – a mão é a mão, a boca é a boca e assim por diante. Em transferências de formas, no entanto, entende-se que o articulador se refere à entidade. Um único dedo apontado para cima em Libras (e em muitas outras línguas de sinais) é entendido como algo que se mostra e, assim, significa uma pessoa de pé, provavelmente pronta para se mover (na transferência de pessoa, ou incorporação, o mesmo dedo apontando para cima significaria uma pessoa com um dedo apontando para cima).

O poema Saci, de Fernanda Machado, é baseado no poema Tree (Árvore), do poeta britânico Paul Scott. Nele a mão em forma de “O” faz círculos para mostrar o formato e o movimento do sol nascendo e se pondo. Sua mão se torna o sol. Ela não usa o sinal SOL ou SOL-NASCENTE. É esperado que o público entenda isso na medida em que o poema progride. A mão em forma de “Y” se move da direita para a esquerda. Essa mão se torna o Saci. Sabemos que no folclore brasileiro o Saci tem uma perna só, então o dedo indicador para cima, normalmente usado em Libras para identificar uma pessoa se movendo, não seria entendido como uma criatura que só tem uma perna. Por isso, a configuração de mão inovadora e criativa que usa o minguinho para “ficar sobre” corresponde melhor à forma do Saci. O Saci cava um buraco com sua perna para plantar a semente da árvore enquanto o minguinho se movimenta para tapar a terra. Depois, a mesma configuração de mão muda de orientação e vira um regador (usado pelo Saci, que vemos incorporado na atriz Fernanda). Antes, o minguinho era a perna e o polegar era a cabeça do Saci, mas agora o minguinho é o cano e o polegar é a alça do regador. Em seguida, o Saci (apresentado por meio de incorporação) dá uma baforada no cachimbo. A mesma configuração de mão se tornou o cachimbo - o polegar faz a piteira do cachimbo e o minguinho faz a cabeça deste. Fernanda nunca sinaliza SACI, REGADOR ou CACHIMBO, mas as suas mãos se tornam esses referentes.

O dedo indicador então passa a significar o broto de uma árvore - sua mão toda aberta e virada para baixo representa as raízes da árvore; o antebraço e a mão se tornam o tronco e os galhos de uma árvore madura quando a mão está virada para cima. Sendo assim, o movimento, a orientação e a localização da mão também têm significado, pois estes se somam à configuração de mão para mostrar como o referente se parece, onde está e como se move. As configurações de mãos são altamente criativas e fortemente visuais, criando uma história estética.

Ao longo do mesmo poema, também vemos a incorporação como pano de fundo. Os classificadores são a principal maneira de mostrar informação, enquanto a mão se torna todo o referente (por exemplo, o Saci ou a árvore) mas, além disso, o corpo de Fernanda, sua cabeça e seus olhos se tornam o corpo, a cabeça e os olhos do referente (do Saci e da árvore). Quando o Saci se encosta na árvore, a mão que representa o Saci se inclina para o lado e o corpo e a cabeça de Fernanda se inclinam na mesma direção com o mesmo tempo de movimento. Assim, ela está simultaneamente dizendo “este é o Saci se encostando na árvore” e “eu sou o Saci e estou me encostando na árvore”.

Esse uso de múltiplas perspectivas é comum na literatura de língua de sinais e é uma parte importante da sinalização visual. Nós vemos o uso desse recurso repetidamente no poema quando suas mãos se tornam o papagaio, a onça e o Saci velho e quando seu corpo incorpora os dois ao mesmo tempo. Às vezes o corpo incorpora um personagem assistindo o que outro personagem exibido com a mão está fazendo. O Saci (incorporado) olha para cima para ver o sol viajando pelo céu (articulado pelo classificador) e a árvore (incorporada), frequentemente, olha para outras criaturas que passam (articulados pelos classificadores).

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4.6. Resumo

Vimos que há muitas opções na Libras para criar imagens visuais na imaginação do público e algumas são apresentadas de forma mais visual que outras. Usamos três obras de literatura em Libras para ilustrar esses aspectos.

O poema Lei de Libras usa o vocabulário da Libras. Uma pessoa que não sabe Libras vai entender pouco sobre o conteúdo do poema. É um trabalho muito estético em sua maneira de apresentar o poema através de um dueto que gera um efeito visual agradável, mas cada sinal não cria uma “imagem no ar” (em inglês “Pictures in the air”, STEPHEN BALDWIN, 2009).

O poema O Modelo do Professor Surdo é feito totalmente por incorporação dos personagens. Não é mímica, mas sim uma forma literária de Libras mais conhecida como Vernáculo Visual (que vamos explorar mais profundamente no Capítulo 7) - mas o importante agora é entender que a língua estética cria imagens no próprio corpo.

O poema Saci usa apenas classificadores. Embora a poeta incorpore os personagens, todos os sinais manuais são classificadores. Os sinais apresentam uma imagem mental criada pelos sinais visuais estéticos. É como se ela estivesse criando imagens no espaço em frente ao seu corpo por meio dos sinais.

Anna Luiza e Sara, no poema Lei de Libras, dizem: “Nomeamos e identificamos essas ideias numa forma estética e visual”. Wilson, no poema O Modelo do Professor Surdo, diz: “Sou os personagens”. E Fernanda, no poema Saci, diz: “Aqui estão os personagens”. 

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4.7. Atividade

Assista novamente aos três poemas citados nesse capítulo.

Escolha:

  1. Cinco sinais que “contam” ou “nomeiam” (isto é, que são sinais do vocabulário da Libras)
  2. Cinco sinais que “mostram” (isto é, sinais em que a mão é o referente)
  3. Cinco sinais em que o artista “se tornou o referente”

Se preferir, você pode usar outro poema ou conto para fazer a mesma atividade.

Uma exceção importante é o grupo de sinais com base no alfabeto manual. Devemos observar que isso faz parte da cultura brasileira, mas não acontece em outros países onde professores raramente tocam em seus alunos. Tal fato nos mostra que a poesia em Libras é verdadeiramente brasileira, bem como surda.